O Galpão do Folias é um caso raro: uma igreja que virou teatro. Este navio ancorado aos pés de Santa Cecília deve sua existência a uma tripulação de apaixonados, que através dos anos fizeram e fazem ele seguir existindo.
Teatro-sede do grupo Folias, o Galpão foi inaugurado dia 14 de abril de 2000, espaço aberto às mais diversas linguagens: espetáculos teatrais, performáticos, de música, ensaios e encontros de formação e reflexão. Ponto de convergência de fazedores/criadores teatrais e de pessoas cidadãs interessadas em reconstruir a vida social e política.
Território da arte contra a barbárie do nosso tempo
Ética e estética
Teoria e prática
Individual e coletivo
….como a reproduzir uma experiência social distinta daquela que se tem mostrado tão avessa à criatividade e a solidariedade.
O
G
A
L
P
Ã
O
GALPÃO DO FOLIAS
HISTÓRIA
No final dos anos 90, Marco Antonio Rodrigues e Reinaldo Maia, que trabalhavam juntos na Funarte, resolvem montar uma peça que mostrasse os bastidores do teatro. Deste processo surgiu Verás que tudo é mentira (1995), espetáculo de rua que se tornou o embrião do que seria o grupo futuramente. Neste momento já estavam Dagoberto Feliz fazendo direção musical, Patrícia Barros, Nani de Oliveira, Renata Zhaneta e Rogério Bandeira. Depois, Carlos Francisco irá se juntar completando os que serão os fundadores do grupo, formado em 1997. O Folias se estrutura quando este grupo de artistas recebe o Prêmio Estímulo Flávio Rangel para montagem do espetáculo Folias Fellinianas. A partir daí, o grupo começa a buscar uma sede para ensaios e encontra um galpão abandonado, propriedade da Fundação Conrado Wessel.
A necessidade de ter um espaço próprio, que permitisse autonomia de uso, programação e administração, leva o grupo a investir na transformação do galpão de ensaios em sala de espetáculo. Depois de dois anos de reforma, o Galpão, que tem o projeto arquitetônico de J.C. Serroni, é oficialmente inaugurado com Happy End em coprodução com o Grupo TAPA. E desde então um grande número de Foliões tem passado por este lugar, somando diversos espetáculos para diferentes públicos, utilizando da imaginação para refletir problemas e angústias concretas da nossa sociedade através da arte.
A partir de 1999, o Folias torna-se um dos líderes do movimento Arte contra a Barbárie, que condena a mercantilização da cultura e propõe a criação de mecanismos estáveis de fomento à pesquisa e à experimentação, assim como políticas públicas que promovam maior acesso do público aos espetáculos. A repercussão do movimento resulta na aprovação da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, uma das principais políticas públicas para a cultura do país.
histórico de peças
EM REPERTÓRIO
+ infos 7PISOS
CON - TATO
VOCÊ MORA NO BAIRRO?
O Folias – com o PROJETO MORADOR – que hoje conta com aproximadamente 1830 associados, busca a inserção do Galpão na comunidade. Com a apresentação de um documento que comprove residência ou trabalho no bairro Santa Cecília, a pessoa cidadã recebe uma carteirinha de identificação que possibilita sua participação nas atividades de nosso teatro, assim como na de parceiros que, muitas vezes, se somam à nossa programação.
O cadastro permite que seus portadores desfrutem de inúmeros benefícios junto ao nosso teatro, entre eles o desconto de até 75% na bilheteria para assistir aos nossos espetáculos, além de participação em atividades como palestras, exibição de filmes, debates, oficinas, etc.
Nosso objetivo com este programa é estabelecer uma aproximação com a comunidade para possibilitar a formação de novos públicos não só para o Galpão do Folias, mas para a arte e seus vários segmentos.